segunda-feira, 2 de agosto de 2010

(5) Days of Summer Movies


Bom. Fui sair do rescaldo de um filme espectacular para me meter noutro radicalmente diferente mas igualmente bom

e agora nenhum deles me sai da cabeça.

Adorava arranjar um fio condutor para justificar os dois mas tenho a sensação que os vou ter de arrumar simplesmente em categorias diferentes como mais duas boas aquisições de verão.

Saí de Inception a pensar quando é que teria a oportunidade de voltar ver no grande ecrã um filme que me agarrasse tanto como aquele, pelo menos tão cedo: do enredo genial, ao ritmo quase frenético da acção e ao gigantesco imaginário. Principalmente o gigantesco imaginário. Essa capacidade de criar narrativas complexas e cenários extravagantes mas num tom quase palpável, e que Nolan consegue tão bem sem quebrar o equilíbrio entre o irreal e o credível. Existe sem dúvida algo incrivelmente aliciante e táctil nesta caracterização que o realizador faz do subconsciente, que acaba por ser tão estranho quanto familiar, mas será só de mim?

Contam ainda um leque de personagens, uma banda sonora e um conjunto de efeitos especiais fora de série mas que acabam, todos eles, por girar em função da trama, mantendo por isso o trabalho tão equilibrado e coeso. A história, por mais complexa que pareça, resolve-se por si mesma.

O grande trunfo do filme, no entanto, parece ser o facto de não se saber ao certo sobre o que é: no fundo, a regra número um de Inception é não falar sobre Inception..


Ainda estava a recuperar do impacto deixado pelo dia anterior quando, na tarde seguinte, dei por mim a ver (500) Days of Summer. E fiquei a pensar quando é que teria a oportunidade de voltar ver um filme que me agarrasse tanto como aquele, pelo menos tão cedo.. Por enquanto ainda estou profundamente sob os efeitos da espectacular banda sonora, das imagens e de algumas das melhores frases dos últimos tempos, por isso não quero ir mais longe do que isto. Mas digo apenas que é de uma veracidade e de uma simplicidade quase dolorosa.

Graças a deus.


(Isto não são críticas cinematográficas definitivamente. Apenas o resultado de ouvir demasiadas vezes uma boa banda sonora, over and over again e a sensação que, a longo prazo, isto pode não ter o impacto do momento. Fica o registo E já agora, se quiséssemos reduzir isto ao mínimo denominador comum ficávamos com o Gordon-Levitt: também não está nada mal.)

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