quinta-feira, 19 de maio de 2011

not really a playlist, just a list for people who wanna play




Pegando na ideia da minha amiga cronista, já era mais que devido mas ainda assim estava aqui a faltar uma lista de coisinhas verdadeiramente boas.

Em particular, uma lista de coisas a fazer/comer/experimentar ou que simplesmente me souberam muito bem mesmo, e que vão com um determinado estado de espírito do momento e com Lisboa. Dei-me conta que se agora fizesse uma playlist apenas musical, cinematográfica ou literária, provavelmente descobriam-me a careca - que é o facto de muita coisa mesmo me passar ao lado. Mas como também não quero fazer uma lista de chavões gastos (comer macarrons à beira mar, tocar bandolim numa caravana sem destino , piñas coladas à chuva) tudo isto são apenas pequenas experiências pessoais que, por muito irrelevantes que sejam, pelo menos têm o meu selo de aprovação. Ou seja lá o que isso for.

1. Haagen Dazs secret spot. O primeiro lugar tinha de vir inevitavelmente para aqui e aliás atrevo-me a dizer que os outros candidatos foram praticamente sacrificados à partida. É injusto mas a coisa resume-se em pouco tempo: gelado de graça. puffs gigantes. hot guys. vista para a cidade. piscina de almofadas. ENCERRO O MEU CASO. Está no Palácio Brancamp até 6 de Junho.

2. O terraço do Hotel Bairro Alto em Lisboa. Ou até mesmo de qualquer hotel maneirinho. Eu sei: é estúpido e infantil, mas descobri recentemente que há algo de muito aliciante mesmo em entrar meio à socapa, meio a pedido, nos hotéis simpáticos da cidade e espreitar os bares incríveis do último andar, que muitas vezes justificam as 4/5 estrelas. Curiosidade de infância ressentida? Talvez. Descobri também que se pedíssemos para entrar simplesmente para ver que ninguém se importava e até apontava gentilmente o sítio. Mas convém não pedir nada e sair de mansinho.

3. Salada de nozes esmagadas, queijo fresco e mel no Chapitô. É verdade que os dias de hoje não são dados a extravagâncias por saladas, e qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade consegue recriar este prato (até eu). Mas vale a pena subir as colinas lisboetas em todo o seu incrível esplendor, calor e canseira, só para aproveitar a vista e ambiente do Chapitô ao final de tarde. E a salada é terrivelmente boa.

4. Out Jazz. Ok, confesso que este ano ainda não estreei esta versão, que passa por jazz livre em espaços públicos, mais relva, mais puffs e mais tardes de papo para o ar. Na altura foi no calor de Agosto, com o Tejo por trás e no Jardim de Belém. Agora está no Jardim da Estrela e tenho de dar lá um saltinho quando tiver tempo.

5. Um copo de sangria gelada na mão, noites quentes, boa companhia e acima de tudo, boa conversa. Depois de tanta hipsteridade o denominador comum é mesmo estar bem, sentir o prazer de descobrir pequenas coisas e estar com bons amigos. Isto equivale a um serão na mítica esplanada do CCB, a conversas tardias no Starbucks de Belém e sem destino completamente definido, ou simplesmente ao “pôr as coisas em dia" em casa de alguém.

Outras coisas ficam no ar: diários gráficos, cafés quentes, boa música no ipod, sobremesas austrícas, óculos novos, leituras de autocarro e inauguração dos swirls sazonais.



yeah, I know right?

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